
Na
parte sudeste da elevação natural fica aquela que os estudiosos alegam ser a
casa de Caifás, local em que Pedro negou Jesus por três vezes para se livrar da
condenação (Leia Mateus 26). Próximo dali fica o Cenáculo, a construção
bizantina erguida onde Jesus realizou com seus apóstolos a Última Ceia. Sob a
mesma sala onde se realizou o histórico jantar fica a Tumba de Davi, em
homenagem a um dos maiores monarcas do povo judeu e do mundo.
O
nome Sião (Tsion) designava uma antiga fortaleza dos jebuseus conquistada por
Davi e seus guerreiros (II Samuel 5:7), onde o rei passou a morar e começou a construir a
cidade ao seu redor sendo, portanto, a porção mais antiga de Jerusalém. Na
Bíblia, a palavra também é citada metaforicamente, simbolizando tanto Jerusalém
em geral como a Terra Prometida que Deus reservara para seu povo.
A
leste da Cidade Baixa, é o ponto mais elevado de Jerusalém, assim como o Monte
Moriá (onde ficava o Templo de Salomão original), pois ambos têm basicamente a
mesma altura.
Na
época de Jesus, a área era moradia das classes mais privilegiadas financeira e
politicamente da cidade, representantes escolhidos pelos dominantes romanos. O
palácio de Herodes ficava ali, na parte superior do morro, um enorme e suntuoso
complexo arquitetônico com luxuosos edifícios, bosques, jardins e fontes. Junto
ao palácio, ficava uma fortificação triangular, com imponentes torres em seus
vértices. A primeira recebeu o nome de Fasael, irmão de Herodes que se suicidou
quando preso por seus inimigos. A segunda, Mariana, em homenagem à esposa do
rei, que ele mandou executar ao desconfiar de uma traição conjugal. A terceira
foi chamada Hípico, em honra a um grande amigo do monarca. O forte era uma das
obras arquitetônicas mais arrojadas da época. Quando o rei faleceu, as
instalações foram ocupadas pelos governantes romanos e a corte formada
pelos judeus que os representavam.

Hoje,
aos pés do famoso monte, fica a Cinemateca de Jerusalém, com um dos mais
importantes acervos de filmes de Israel e uma das sedes do maior festival de
cinema do país. A entrada principal é feita pelo quinto andar ao nível da rua,
com os outros descendo acompanhando o declive do terreno. Lá também é realizado
anualmente o Festival de Cinema Brasileiro em Israel, uma das principais portas
de entrada da cultura de nosso País para os israelenses.
Às vítimas e sobreviventes do Holocausto
No Monte Sião fica a Câmara do
Holocausto, um pequeno museu dedicado à memória dos mais de 6 milhões de judeus
mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, aberto ao público de domingo a
quinta-feira. Não confundir com o grande Museu da História do Holocausto, o Yad
Vashem, um labiríntico e enorme complexo no Monte Herzl, também em Jerusalém.
Embora mais modesta, a Câmara, com seu famoso Salão da Velas, também atrai
muitos visitantes (judeus ou não).

Por Marcelo Cypriano / Fotos: Google
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