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domingo, 4 de março de 2018

Estudo sobre a Bíblia: Resumo dos quatro Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João


Estudo Bíblico: Os quatro Evangelhos


Para iniciarmos um estudo sobre qualquer um dos livros dos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e Joãos), precisamos compreender a composição bíblica e as verdades sobre o Messias (Jesus) e o propósito de sua vinda e ministério terrenos, como uma obra redentora; sendo esse o assunto principal dos quatro evangelhos.

Primeiro, é essencial que identifiquemos a preparação desse caminho ao longo dos escritos bíblicos, a começar por Genesis, até chegar no livro de Malaquias, último livro do Antigo Testamento, período no qual Deus se relaciona diretamente com o povo hebreu, suscita juízes, sacerdotes e reis que, por serem homens/pessoas, não exercem com perfeição seus ministérios, o que aponta para a necessidade de alguém que cumprisse esses ofícios com perfeição.

Então, vejamos:

No Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) encontramos a necessidade de um Sacerdote, porque aí é que aparece o sacerdócio de Arão, que havia de ser incompleto (Ex 28.1). Não se sabe os motivos pelos quais Arão foi escolhido para essa função, tendo em vista que, talvez, o próprio Moisés é quem tinha a legitimidade para exercer tal ministério. No entanto, podemos supor que Deus conferiu a Arão esse ofício por ele ter sido o braço forte de Moisés quando da época da libertação do povo hebreu da escravidão egípcia (Ex 4.14-16).
Outro fato que merece destaque e, outra vez, podemos fazer uma suposição, é o episódio do bezerro de ouro, construído por Arão e pelo povo, enquanto Moisés estava no Monte Sinai recebendo as “Leis”, escritas em tábuas, que foram quebradas, após a constatação da idolatria do povo, consentida por Arão (Ex 32.19). Pensa-se, então, que Deus escolhe Arão para o ministério sacerdotal, porque quando ele visse os fragmentos das tábuas quebradas, que foram guardados junto às duas outras tábuas inteiras, ele teria a atitude de humilhar-se e pedir perdão para si e para todo o povo; não apenas para o povo.

Nos Livros Históricos (Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester), encontramos a necessidade de um Rei, pois nos contam como fracassaram os líderes e reis do povo de Deus, a começar por Saul que foi escolhido pela vontade do povo, que queriam ser governados como as nações vizinhas (I Sm 8.5). E a história nos revelam que os reis falharam.

Nos Livros Poéticos (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares) e Profetas (Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias), temos a necessidade de um perfeito Profeta, para cumprir as profecias ditas anteriormente. 

Então, temos No Antigo Testamento, ministérios falhos e/ou inacabados. A Bíblia não poderia encerrar-se assim. Dessa forma, temos os relatos dos quatro evangelhos que contarão a história de um homem que cumpriu com perfeição os ministérios de sacerdote, profeta e rei.

É nos Evangelhos que encontraremos a personificação do amor de Deus e de Seu filho Jesus, por meio da Graça.

Mas, por que QUATRO EVANGELHOS?

Quando se fala da fé do cristianismo e da veracidade dos fatos bíblicos, principalmente daqueles relacionados a Jesus, a comunidade científica requer testemunhas diferentes falando do mesmo assunto; assim, encontramos nos evangelhos, escritos por diferentes pessoas, mas escrevendo sobre a mesma pessoa, testemunhas que dão veracidade aos fatos da vida de Jesus.

Acredita-se que cada um dos quatro evangelhos apresentam o Cristo como uma figura das revelações de Ezequiel (1.10) e Apocalipse (4.6-7), conferindo-lhe características dos quatro seres viventes apresentados nessas passagens.


Mateus (O Rei, o Leão da Tribo de Judá):


Mateus (um ex-cobrador de impostos e apóstolo de Jesus) estava escrevendo principalmente para os Judeus, pois ele cita mais de cem passagens do Antigo Testamento e usa termos familiares aos judeus, como filho de Davi (Mateus 1:1 ), além de apresentar genealogias e linhagens para situar Jesus como legítimo herdeiro do título de REI.
Ele representou Jesus como um Rei que veio para estabelecer o Seu reino, e colocou uma ênfase especial em Jesus como o Messias, que havia sido mencionado no Antigo Testamento e escreveu sobre Seus ensinos, Seu reino e Sua autoridade.


Marcos (O Servo, boi)Marcos (João Marcos do Livro de Atos, um jovem pregador da era apostólica) parece ter escrito para um público não-judeu. Ele eliminou assuntos de pouco interesse para os gentios, como as genealogias. 
Quando mencionou a tradição judaica, ele geralmente a explicou. Registrou a vida de Cristo conforme ele a ouvira de Pedro. 
Marcos parece ter se preocupado mais com o que Jesus fez do que com o que Ele ensinou e apresentou Jesus como um Servo, ao escrever Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”10:4
Marcos se preocupou mais com os milagres, os atos de Jesus, do que com suas palavras, porque, neles, pode-se ver o amor e o cuidado do Senhor pelas pessoas.

Lucas (Filho do Homem, Homem Perfeito)Lucas (Dr. Lucas, que acompanhou Paulo em várias de suas viagens missionárias, incluindo a viagem a Roma) parece ter escrito para um público não-judeu. 
O relato de Lucas foi escrito para os intelectuais, e apresenta Jesus como o Filho do Homem (Lucas 9: 10) e coloca ênfase especial na Sua humanidade perfeita. Para Lucas, Jesus tem fome, tem sede e chora, mas é perfeito. 
O evangelho de Lucas é um dos mais completos no sentido de apresentar o Cristo Homem, com emoções, preocupado com as pessoas e seus sentimentos e de uma personalidade perfeita.

João (Águia - Jesus é aquele que voa alto, é o Verbo de Deus):

João, um ex-pescador e o apóstolo amado; provavelmente foi escrito depois dos outros três e tem a sua própria ênfase especial. 
João apresentou Jesus como Filho de Deus (João 20:31 ) e ressaltou Sua divindade. O propósito do Evangelho segundo João é descrito na passagem: Na verdade fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”20:30, 31. A palavra CRER aparece 98 vezes em João, mais do que em todos os outros Evangelhos juntos.
 
 





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