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quarta-feira, 28 de março de 2018

REFLEXÃO: “...PORQUE NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO...”

“...PORQUE NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO...”


Há algum tempo que assisto, acompanho e ouço falar das batalhas de políticos em “DEFESA DA FAMÍLIA”, usando a Bíblia e Deus como aliados e base para suas supostas vitórias. 
Como cidadão, que pensa; e como cristão, que não se envergonha do Evangelho (pois, sim, SOU CRISTÃO, amo a Deus, ofereço a Ele o melhor da minha adoração e busco andar segundo os Seus estatutos), não posso fingir que nada vejo e neutralizar-me frente a fatos de completa ignorância e arbitrariedade em nome de um evangelho que não é verdadeiro.
Recentemente, recebi uma postagem com os seguintes dizeres:

A FAMÍLIA VENCEU!!!
FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA FAMÍLIA.
ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR.

Quem acompanha os temas mais polêmicos discutidos no Congresso Nacional, certamente, sabe sobre o que estou falando.
Então eu me pergunto: Onde está essa vitória? E que defesa é essa que aprisiona, no lugar de oferecer liberdade?
Essas ideologias religiosas têm matado jovens, afastado os filhos dos pais, lançado a muitos no mundo das drogas; isso é desestruturar a família. 
Esses ideais têm lançado alguns no inferno, ao tirarem deles o direito de estar na CASA DE DEUS, dando-lhes o veredicto da condenação eterna; assumindo o lugar do verdadeiro juiz, Deus. 
Essas idéias têm acobertado adultérios de mulheres e homens cristãos, que contraem um matrimônio para sustentar essa mesma ideologia, mas que, no anonimato, buscam satisfazer seus desejos naturais.
Essas ideologias têm patrocinado o ódio.

E essa é a vitória do povo de Deus? Essa é a vitória da Família? Até aqui o Senhor nos ajudou a cometer esses crimes?
Não posso aceitar.
Desculpem-me se firo as suas crenças e transgrido as suas leis, mas o EVANGELHO DO QUAL NÃO ME ENVERGONHO, é um evangelho de AMOR e PAZ; é um evangelho de ACOLHIMENTO.

Lembrem-se, aqueles que cometem suicídio por não resistirem a pressão, estão condenados ao inferno. Um inferno que dizem querer evitar, ao afirmarem defender a FAMÍLIA.
Os líderes religiosos, defensores dessa suposta vitória se parecem com Cristo? São mansos? Pacientes? Afáveis? Acolhedores?

Pensemos melhor: nossa família só vence quando permanece unida, vivendo o amor de Deus e a graça de Cristo
Vitória e inferno são termos antagônicos.


Dário Reis

terça-feira, 27 de março de 2018

HISTÓRIA DA PÁSCOA PARA CRIANÇAS: VÍDEOS, HISTÓRIAS E MÚSICAS

CONTAÇÃO DE HISTÓRIA DA PÁSCOA




MÚSICA



MÚSICA

MÚSICA





A HISTÓRIA DA PÁSCOA
Retirado do vídeo produzido por VOA FLOR, com adaptações de Dário Reis


Você conhece a história da Páscoa?
Não???
Então você precisa ouvir isso.
Deus queria muito que a gente ficasse de bem com Ele. Aí Ele mandou Jesus. E a Páscoa foi quando Jesus veio salvar a gente.
O povo adorava Jesus. Todo mundo gostava de estar perto dele, porque Ele é muito bom. Jesus falava de Deus. E cuidava das pessoas: Ele curou cegos, perdoou algumas pessoas que fizeram coisas erradas, Ele deu comida para um monte de gente que tinha fome. Ele até transformou água em vinho.
Jesus falava que Ele era o caminho pra todo mundo ficar perto de Deus. E por isso, tinha gente que não gostava dele. Essas pessoas, queriam prender Jesus. Como isso é possível??? Mas Jesus sabia disso e mesmo assim Ele foi para Jerusalém, onde essas pessoas ruins estavam.
Quando chegou em Jerusalém, preparou uma janta bem especial para os amigos dele. Então Jesus pegou a comida: o pão e o vinho e agradeceu a Deus e dividiu com os amigos. Aí eles beberam, comeram e até cantaram. Nessa hora, Ele ensinou uma coisa muito importante: que a gente deve amar os outros igual Ele amou a gente.
Depois do jantar, Ele saiu com alguns amigos para orar em um monte. Você acredita que os amigos dele dormiram e deixaram Ele sozinho? Ele falava: acordem! Acordem! É importante vocês orarem comigo. Mas os amigos não acordavam.
Bem nessa hora, quando Ele estava orando, os soldados chegaram e prenderam Jesus. Isso foi bem chato. Bateram nele. Machucaram Ele. Fizeram Ele sentir muita dor. Eles pegaram um chicote de couro com ferro nas pontas e bateram muito em Jesus. Então, era sexta-feira.
Fizeram Ele carregar uma cruz bem pesada. Foi muito difícil carregar aquela cruz. Em cima de um monte, pregaram Jesus naquela cruz, com pregos em suas mãos e nos seus pés. E ainda as pessoas zombavam dele e falavam: se você é Deus então se salve; desça daí. E Ele estava sofrendo sem falar nada. Foi bem triste. E aí, Jesus morreu. Tudo ficou escuro, bem escuro. Começou a chover. Eram as nuvens chorando no céu.
Eles colocaram o corpo de Jesus em uma caverna, que era o túmulo. Essa caverna era protegida por um guarda muito ruim, para ninguém entrar lá. Mas até esse guarda se arrependeu. Percebeu que Jesus era Deus. Ele até chorou.
E os amigos de Jesus ficaram sozinhos, tristes, com medo. Como se tudo aquilo que eles acreditaram, tivesse acabado.
No domingo, três amigas de Jesus foram lá na caverna. Elas estavam tristes porque Jesus tinha morrido. Mas apareceu um anjo bem legal que falou assim: NÃO TENHAM MEDO, JESUS NÃO ESTÁ MAIS AQUI, PORQUE ELE ESTÁ VIVO. E elas saíram correndo, chorando de alegria e gritavam: JESUS ESTÁ VIVO! JESUS ESTÁ VIVO!
Até quem não gostava de Jesus aprendeu que Ele era Deus.
Essa história é a da PÁSCOA: uma história de amor do nosso Deus que entregou o seu filho Jesus porque ama a gente.
Ele ama você. Ele ama a mamãe. Ele ama o papai. Ele ama a vovó. Ele ama o titio. Ele ama a professora, o professor. Ele ama quem mora na rua. Ele ama tooooodo mundo.
E Ele prometeu que um dia vai voltar e levar a gente pra morar com Ele.
E agora, você aprendeu o que é a PÁSCOA?

domingo, 25 de março de 2018

Ilustrações do Evangelho - Salvação: Amor e Justiça





"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." Romanos 3:23,24

Quando a Índia ainda era uma colônia inglesa, em um domingo, um certo Juiz reuniu seus auxiliares de justiça, os promotores e saíram pelo campo para melhor conhecer o local e passar algum tempo juntos. 

Quando chegou em certo lugar, ele viu uma mulher roubando trigo. Abordou a mulher e perguntou: "O que a Senhora está fazendo aqui?". E ela respondeu: "Ah, meu Senhor, eu estou aqui pegando algumas espigas de trigo para dar ao meu filho pequeno. Ele está passando fome e eu não tenho nada para dar de comer a ele".

Então o Juiz perguntou: "Isso é seu?". Ela disse: "Não, meu senhor". "Então está presa. A lei é clara. 'Não furtarás', a Sra. está furtando, e está presa". E encaminhou a mulher para a cidade, onde posteriormente ela seria julgada. 

A notícia logo se espalhou pela cidade. 

E como não precisava de testemunhas, porque foi o próprio Juiz que a pegou furtando, ela foi levada a julgamento. A galeria do tribunal se encheu de populares, todos revoltados. "Oh, juiz duro, homem de coração de pedra. É porque ele não tem um filho passando fome."
Então o Promotor leu o artigo em que a mulher se incluía e o Juiz deu a sentença: "ESTÁ CONDENADA".

Aquilo levou um pavor à população nas galerias. "Homem duro. Pai que não tem coração". Estavam enfurecidos com o Juiz. 

O Juiz continuou: "Está condenada. 1 ano de prisão".

A população cada vez mais revoltada. "1 ano de prisão porque estava roubando para dar de comer ao filho pequeno?". "Juiz duro. Homem de coração de pedra".

E o Juiz disse: "1 ano de prisão. Ou então terá que pagar 20 Libras Esterlinas"

"Mas como?" diziam os populares. "Se ela não tem um centavo para comprar um pacote de maizena para dar de comer ao filho, como vai pagar 20 Libras Esterlinas?" Estavam revoltados com ele. 

Enquanto estavam revoltados com ele, o Juiz enfiou a mão esquerda no seu bolso, tirou 20 Libras Esterlinas e pagou a conta dela. E disse: "Vai para tua casa e não furtes mais".

Amigos, eu não conheço outra ilustração melhor a respeito da nossa Salvação do que essa. TODOS NÓS fomos apanhados roubando. TODOS NÓS somos ladrões. TODOS NÓS somos pecadores que íamos para o inferno. É uma verdade extraordinária. Todos nós íamos pro inferno, porque o nosso Deus é um Juiz JUSTO. 

Acha que aquele Juiz foi injusto porque julgou e porque condenou. De maneira alguma. Justíssimo. Justo não é aquele que vira sua cara para o culpado ou esconde seus crimes.

Mas por misericórdia de Deus, como aquele Juiz teve misericórdia daquela mulher, o nosso Deus não recorreu à Libras Esterlinas, Ele sacou do Seu mais precioso tesouro, Seu Único filho, Jesus Cristo. E O entregou a essa maldição da cruz. Entregou a vergonha que Ele passou. Os açoites e aos escarros, entregou a isso tudo para pagar a nossa conta de pecadores que íamos para o inferno. E a conta está paga. Oh, Deus maravilhoso.

Agora o Senhor diz para nós em alta voz na sua Bíblia:

"Dos seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais". Hebreus 10:17

segunda-feira, 19 de março de 2018

O Pregador do Trem - ILUSTRAÇÕES DO EVANGELHO PARA ESTUDOS BÍBLICOS, SERMÕES E PREGAÇÕES.

O Pregador do Trem

Certo homem morava no final de Xerém, subúrbio do Estado do Rio de Janeiro e trabalhava na zona sul do Rio. Viajava diariamente de trem para ir e vir do trabalho.

Certo dia parou numa praça da cidade onde acontecia um culto ao ar livre e na hora do apelo ele se converteu. Ganhou uma bíblia de presente que ele lia sempre durante o percurso da viagem. Ele tinha um sonho: pregar a palavra de Deus. Quando leu o texto "Ide e Pregai a toda criatura..." sentiu um impulso de realizar seu desejo, mas seu tempo era escasso, pois trabalhava até mesmo nos finais de semana. Teve então, uma brilhante ideia: economizou e comprou uma bíblia nova de letras gigantes, para ler no trem em movimento, e passou a pregar durante a viagem de ida e volta. Estava feliz da vida, pois estava dando frutos para o Reino de Deus.
Até que um dia surgiu um passageiro que não aprovou a ideia da pregação dentro do trem, pois cochilava ao balanço do trem, durante a viagem. Inconformado, o homem reclamava o tempo todo. O pregador, pacientemente, trocava de vagão. Porém, quando começava a pregar, lá estava o sujeito, mais uma vez reclamando. Então, esse homem, extremamente irado, levantou sua voz e gritou:
-"Pare de me perturbar! Da próxima vez que você pregar de novo no trem, e atrapalhar o meu cochilo, vou jogar sua bíblia fora. É melhor ficar quieto..."
Prudentemente, o pregador clamou a Deus e jejuou para que Deus não permitisse que aquele homem cumprisse sua ameaça, que houvesse impedimentos. Assim o pregador orou com fé, confiando que Deus o ouviu. No outro dia, o que se sentia importunado saiu bem cedo para o trabalho, e lá estava o pregador do trem todo confiante, semeando a Palavra de Deus. Subitamente, o valente levantou-se e bradou: - "Eu te avisei, mas você não acreditou!", e arrancou a bíblia das mãos do pregador e jogou-a pela janela do trem, diante de um público estupefato. O pregador sentiu-se humilhado, decepcionado e muito triste com a situação.
Resolveu não ser mais crente, pois confiava que Deus ia livrá-lo dessa vergonha e por não ter sido atendido, decidiu não trilhar mais os caminhos do Senhor. Por ter virado as costas para Deus, as coisas começaram a ficar difícil para ele. Perdeu o emprego, tornou-se um desocupado, abandonou sua casa e passou a viver nas ruas, dormindo nos bancos das praças.
Depois de um certo tempo, numa determinada praça onde costumava se embriagar e dormir no banco, estava acontecendo um culto ao ar livre. Despertou sua atenção, pois esse pregador contava o seu testemunho de que um dia estava desesperado e foi para junto da linha do trem para cometer suicídio, mas Deus, com seu infinito amor usou um filho seu para salvá-lo de ser despedaçado pelo trem. Continuou relatando que quando ia se atirar embaixo do trem, algo muito pesado foi arremessado em sua cabeça, e

ele caiu junto aos trilhos, meio desacordado sem entender nada do que estava ocorrendo. Foi quando se deparou que era um grande livro e um vento providencial virava suas páginas, parando exatamente na página onde pôde ler admirado o versículo 11 do Capítulo 28 do Evangelho de Mateus: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei". E exclamou jubiloso: -"Então fiquei com esta bíblia, hoje sou feliz e a minha vida mudou!" E concluiu: "-Um dia hei de encontrar esse filho de Deus, dar-lhe um grande abraço e agradecer-lhe pelo bem que me fez, livrando-me não somente da morte física, mas principalmente da condenação eterna".
O pregador do trem que ouvia a tudo atentamente não conseguiu conter o seu desesperado choro e inesperadamente, levantou-se do banco e gritou com o rosto banhado em lágrimas: "- Perdoe-me, Senhor Jesus, pois não compreendi os teus planos. Perdoe-me por ter duvidado do teu poder e do teu amor por todos esses anos".
E soluçando muito dirigiu-se ao pastor que testemunhava, mal conseguindo declarar: "- Eu era o dono daquela grande bíblia!". Disse o seu nome e mostrou a todos a sua assinatura registrada na primeira página daquela grande Bíblia.
“E disse-lhes : Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Marcos 16:15

sábado, 17 de março de 2018

Provérbios de Salomão: O TOLO E O SÁBIO - Vanilda Bordieri



O Sábio e o Tolo


Perante Salomão duas mulheres que brigavam
Por uma criança viva elas disputavam
Mas a sabedoria venceu a confusão
Pois quem é sábio edifica e apazigua a situação

Tomado de saber, o rei pôs fim à discussão
Traga agora minha espada,
Corta esta criança ao meio, foi a sua decisão

Mas uma das mulheres foi tomada de compaixão
Gritou ao rei: Não faças tal, da criança abro mão

O sábio constrói, mas o tolo destrói
O sábio entende, o tolo contende
O sábio apazigua qualquer confusão
O tolo insiste com a discussão

Quem é sábio é prospero em tudo que faz
Enquanto o tolo só anda pra trás
O sábio na rocha constrói o seu lar
O tolo na areia tenta edificar
O sábio reserva o azeite também
O tolo só gasta o azeite que tem

Com sabedoria se resolve o problema
Se faz justiça pra quem precisar
Se queres ser sábio, peça sabedoria
Que o senhor te dá

Haja com sabedoria, se preciso abra mão
O senhor sabe de quem é a bênção
Não precisa fazer confusão

domingo, 11 de março de 2018

O Evangelho segundo Mateus - Estudo Bíblico


INTRODUÇÃO 

O Evangelho segundo Mateus é um dos quatro livros da Bíblia a contar a história de Jesus: desde sua anunciação à Maria, pelo anjo Gabriel, até sua ressurreição, dando início à igreja primitiva sob a influência do Espírito Santo.
É importante frisar que a palavra EVANGELHO, traduzida do grego, significa BOAS NOVAS, ou BOAS NOTÍCIAS (Nos versículos 10 e 11, do capítulo 2 de Lucas, encontramos: E o anjo lhes disse: não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor). Então, são boas novas, boas notícias sobre Jesus, sobre o Reino dos céus. Daí que algumas versões preferem trazer o título como O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS (para o distinguir dos outros três – Marcos, Lucas e João), ao invés de O EVANGELHO DE MATEUS.
Outra coisa importante que precisamos identificar no livro é o seu início, que indica um dos propósitos do livro. No primeiro versículo, temos: Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão. Esse fato, tanto dá legitimidade à Jesus como sendo o Messias esperado, como, também, segundo alguns historiadores e críticos, liga Jesus às alianças feitas com Davi e Abraão, encontradas em 2 Sm 7.8-16 e Hb 11. 17-19).
A partir de agora, veremos algumas características peculiares dessa que é considerada uma das maiores obras da literatura cristã, inspirada por Deus, a saber: sua autoria, destinatários, data em que foi escrita, propósito, resumo e algumas curiosidades.


Quem escreveu o Evangelho?

Se analisarmos pelo ponto de vista das evidências explícitas no próprio livro, diríamos que a autoria é anônima, como sugerem alguns historiadores, pois não consta no livro o nome do seu autor. Segundo esses críticos, o Evangelho teria sido escrito por um cristão anônimo do primeiro século, que teria se utilizado de alguns escritos originais do referido apóstolo. No entanto, não há provas convincentes que negue a autoria do livro como sendo de Mateus e há fortes incidências de que a igreja primitiva tenha atribuído a autoria do livro ao apóstolo Mateus, também chamado de Levi. O importante é que a mensagem e conteúdo do livro nos revelam que o Espírito Santo conduziu a composição dessa importante obra sobre a vida de Jesus.


A quem este Evangelho se destina?

Especula-se que o livro tenha sido escrito a irmãos da igreja em Antioquia, que comportava judeus e gentios convertidos. Mas o livro não responde a essa pergunta.
Entretanto, pelo conteúdo do livro, infere-se que Mateus tenha escrito o livro para judeus cristãos e gentios convertidos com conhecimento elevado dos escritos do Antigo Testamento. Essa crença se deve ao fato de que o autor se utilizou muitas vezes de expressões próprias do judaísmo, sem explica-las, diferente de Marcos e Lucas, tornando-as incompreensíveis àqueles que não fossem judeus. Expressões como REINO DOS CÉUS, CIDADE SANTA, CASA DE ISRAEL, CONSUMAÇÃO DO SÉCULO E FILHO DE DAVI sustentam a teoria de que os destinatários eram judeus convertidos.


Qual a data em que foi escrito?

Há uma grande discussão sobre a data em que o livro foi escrito, porém é quase unânime a aceitação de que tenha sido escrito entre os anos 60 e 70 d.C,  uma vez que acredita-se que seu autor tenha se utilizado das informações contidas no livro de Marcos. Isso parece claro quando analisamos ambos os Evangelhos: dos 661 versículos do Evangelho de Marcos, 606 possuem paralelo no Evangelho de Mateus. Embora falte uma evidência absoluta, Antioquia da Síria, por volta de 75 d.C., são local e data plausíveis e prováveis.

Qual o seu propósito?

O propósito e tema do Evangelho de Mateus é apresentar Jesus como o Messias, o Filho de Deus. Ele é descrito no primeiro Evangelho como sendo o cumprimento das profecias anunciadas pelos profetas no Antigo Testamento.
Logo na genealogia do capítulo 1, Mateus mostra que Jesus é o tão esperado rei prometido, pois o identifica como descendente de Davi e Abraão. O reino que Ele trouxe é o cumprimento do plano de redenção de Deus.
Segundo Mateus, sobre Jesus, sabemos que: Ele cumpriu as Escrituras; inaugurou o Reino de Deus; comissionou seus seguidores a espalhar esse reino a todos os povos, tribos e línguas; advertiu que a tarefa de evangelizar seria acompanhada de aflições e perseguições, mas também avisou que sempre estaria com aqueles que são seus. Por fim, Ele prometeu que um dia retornará e o Reino de Deus alcançará sua plena realização.
Com um arranjo sistemático muito bem feito, o autor do primeiro Evangelho traz uma categorização e organização dos temas de forma impecável.


Como se organiza o Evangelho segundo Mateus?


Dependendo do estudioso, tradutor e versões, variam-se os esboços, partes ou divisões do livro. De forma geral, podemos assim resumi-lo:

Prefácio ou Introdução (1.1 – 2.23): Do versículo primeiro do capitulo 1, ao versículo 23 do capítulo 2, encontramos os relatos sobre a genealogia (42 gerações de Abraão até Cristo), o nascimento (Belém da Judeia), infância e juventude de Jesus.

A vinda do Reino dos Céus (3.1 – 7.29): Aqui, encontramos João Batista anunciando Jesus como o Messias que traria o Reino dos Céus, batismo, tentação e primeiros discípulos de Jesus e o conhecido SERMÃO DA MONTANHA.

As obras do Reino dos Céus (8.1 – 10-42): Nessa seção, presenciamos alguns dos muitos milagres de Jesus e, também, a missão dos doze discípulos, no Reino dos Céus.

A natureza do Reino dos Céus (11.1 – 13.58): Jesus explicou a verdadeira natureza de seu reino. Ele mostrou que não se tratava de um reino conforme as expectativas populares. As parábolas de Jesus registradas no capítulo 13 mostram claramente essa verdade.

A autoridade do Reino dos Céus (14.1 – 18.35): A autoridade de Jesus, como Rei, é demonstrada na atuação de mais milagres, parábolas e ações que revelam seu caráter inquestionável.

As mudanças do Reino dos Céus (19.1 – 25.46): Nesses capítulos, Jesus denunciou a hipocrisia dos religiosos judeus, ensinou sobre as grandes mudanças que o seu reino promove, como um reino justo e reto. Nessa seção também está registrado o sermão profético de Jesus.

A paixão e a ressurreição de Cristo (26:1-28:20): Na parte final há um relato detalhista das aflições as quais Jesus foi submetido. Assim, Ele é apresentado como o Rei vitorioso que ressuscitou. Antes da ascensão ao céu, Jesus também comissionou os seus discípulos a pregarem o Evangelho por todo o mundo.


Você sabia?

1.      Dentre os Evangelhos, o Evangelho de Mateus é o que possui mais estilo judaico.
2.      Era o Evangelho mais utilizado pela Igreja Primitiva, principalmente para discipulados.
3.      É o Evangelho que mais cita a frase “para que se cumprisse o que fora dito”.
4.      A palavra “reino” é encontrada cinquenta e seis vezes no Evangelho de Mateus. A expressão “Reino dos Céus” só é encontrada nesse Evangelho.
5.      É o Evangelho que mais apresentou Jesus como Rei dos Judeus.
6.      Os cinco sermões principais encontrados no Evangelho de Mateus (Sermão do Monte, Instruções aos Doze, As Parábolas do Reino, A Comunidade Cristã, que trata do caráter dos verdadeiros seguidores do Senhor, e o Sermão Escatológico de Jesus) contém os textos mais completos entre os Evangelhos sobre o ensino de Jesus.
7.      Embora tenha sido originalmente escrito para a igreja em Antioquia, constituída de judeus e gentios, claramente o objetivo do Evangelho de Mateus não era apenas ficar restrito aquela congregação, mas que fosse propagado também entre todos os seguidores de Cristo ao longo dos tempos.



Referências:

https://estiloadoracao.com/o-evangelho-de-mateus/
L. M. Petersen (https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/estudo-do-evangelho-de-mateus.html)

sábado, 10 de março de 2018

O Monte Sião (Jerusalém) - História dos lugares da Bíblia: Monte do Templo / Terra de Israel

 O Monte Sião, (Isaías 60:14) ou Har Tsion, do hebraico, em Jerusalém, foi o local de importantes acontecimentos bíblicos. Um deles foi quando o apóstolo Pedro negou Jesus por três vezes, na véspera da crucificação, próximo à casa de Caifás, sumo-sacerdote judeu (apontado pelos romanos para a função) que participou do julgamento e condenação de Cristo. Hoje, com uma cidade que mistura modernidade e edifícios históricos ao seu redor, o monte recebe peregrinos de todo o planeta, pois nele se encontram importantes locais como o Cenáculo (com a Tumba de Davi em seus porões) e o túmulo do empresário Oskar Schindler.

Na parte sudeste da elevação natural fica aquela que os estudiosos alegam ser a casa de Caifás, local em que Pedro negou Jesus por três vezes para se livrar da condenação (Leia Mateus 26). Próximo dali fica o Cenáculo, a construção bizantina erguida onde Jesus realizou com seus apóstolos a Última Ceia. Sob a mesma sala onde se realizou o histórico jantar fica a Tumba de Davi, em homenagem a um dos maiores monarcas do povo judeu e do mundo. 

O nome Sião (Tsion) designava uma antiga fortaleza dos jebuseus conquistada por Davi e seus guerreiros (II Samuel 5:7), onde o rei passou a morar e começou a construir a cidade ao seu redor sendo, portanto, a porção mais antiga de Jerusalém. Na Bíblia, a palavra também é citada metaforicamente, simbolizando tanto Jerusalém em geral como a Terra Prometida que Deus reservara para seu povo.

A leste da Cidade Baixa, é o ponto mais elevado de Jerusalém, assim como o Monte Moriá (onde ficava o Templo de Salomão original), pois ambos têm basicamente a mesma altura.


Na época de Jesus, a área era moradia das classes mais privilegiadas financeira e politicamente da cidade, representantes escolhidos pelos dominantes romanos. O palácio de Herodes ficava ali, na parte superior do morro, um enorme e suntuoso complexo arquitetônico com luxuosos edifícios, bosques, jardins e fontes. Junto ao palácio, ficava uma fortificação triangular, com imponentes torres em seus vértices. A primeira recebeu o nome de Fasael, irmão de Herodes que se suicidou quando preso por seus inimigos. A segunda, Mariana, em homenagem à esposa do rei, que ele mandou executar ao desconfiar de uma traição conjugal. A terceira foi chamada Hípico, em honra a um grande amigo do monarca. O forte era uma das obras arquitetônicas mais arrojadas da época. Quando o rei faleceu, as instalações foram ocupadas pelos governantes romanos e a corte formada pelos judeus que os representavam.



Hoje, aos pés do famoso monte, fica a Cinemateca de Jerusalém, com um dos mais importantes acervos de filmes de Israel e uma das sedes do maior festival de cinema do país. A entrada principal é feita pelo quinto andar ao nível da rua, com os outros descendo acompanhando o declive do terreno. Lá também é realizado anualmente o Festival de Cinema Brasileiro em Israel, uma das principais portas de entrada da cultura de nosso País para os israelenses. 



Às vítimas e sobreviventes do Holocausto

No Monte Sião fica a Câmara do Holocausto, um pequeno museu dedicado à memória dos mais de 6 milhões de judeus mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, aberto ao público de domingo a quinta-feira. Não confundir com o grande Museu da História do Holocausto, o Yad Vashem, um labiríntico e enorme complexo no Monte Herzl, também em Jerusalém. Embora mais modesta, a Câmara, com seu famoso Salão da Velas, também atrai muitos visitantes (judeus ou não).

Outro ponto que atrai visitantes de várias procedências planeta afora é o túmulo do industrial alemão Oskar Schindler, famoso por salvar da execução cerca de 1,2 mil judeus durante a Segunda Guerra, empregando-os em suas fábricas. Na sepultura, várias pedras soltas são encontradas, deixadas pelos visitantes judeus em sua homenagem (um antigo costume). Sua vida foi adaptada para o cinema em “A Lista De Schindler” (1993), de Steven Spielberg, com Liam Neeson no papel do empresário. O filme ganhou sete Oscars, incluindo os de Melhor Filme e Melhor Diretor.   




Por Marcelo Cypriano / Fotos: Google

quinta-feira, 8 de março de 2018

Forgotten Scottish Melody Brought Back To Life Loch Lomond by Peter Hollens

LOCH LOMOND



Loch Lomond é um lago (ou loch em gaélico) do oeste da Escócia, a sul das Highlands. Faz parte simultaneamente das regiões de Stirling, de Argyll e Bute e de West Dunbartonshire, situando-se aproximadamente a 23 km a norte da cidade de Glasgow. Hoje, o loch é amplamente conhecido pelo clube de golf do Loch Lomond, que acolhe competições de nível internacional.

By yon bonnie banks and by yon bonnie braes
Where the sun shines bright on loch lomon'
Where me and my true love were ever wont to gae
On the bonnie, bonnie banks o' loch lomon'

O ye'll tak' the high road and i'll tak' the low road
An' i'll be in scotland afore ye
But me and my true love will never meet again
On the bonnie, bonnie banks o' loch lomon'

The wee birds sing, and the wild flowers spring
And in sun-shine the waters, are sleepin'
But the broken heart will ken, nae second spring again
And and the world does not know how we're greetin'

O ye'll tak' the high road and i'll tak the low road
An' i'll be in scotland afore ye
But me and my true love will never meet again
On the bonnie, bonnie banks o' loch lomon'

domingo, 4 de março de 2018

Estudo sobre a Bíblia: Resumo dos quatro Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João


Estudo Bíblico: Os quatro Evangelhos


Para iniciarmos um estudo sobre qualquer um dos livros dos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e Joãos), precisamos compreender a composição bíblica e as verdades sobre o Messias (Jesus) e o propósito de sua vinda e ministério terrenos, como uma obra redentora; sendo esse o assunto principal dos quatro evangelhos.

Primeiro, é essencial que identifiquemos a preparação desse caminho ao longo dos escritos bíblicos, a começar por Genesis, até chegar no livro de Malaquias, último livro do Antigo Testamento, período no qual Deus se relaciona diretamente com o povo hebreu, suscita juízes, sacerdotes e reis que, por serem homens/pessoas, não exercem com perfeição seus ministérios, o que aponta para a necessidade de alguém que cumprisse esses ofícios com perfeição.

Então, vejamos:

No Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) encontramos a necessidade de um Sacerdote, porque aí é que aparece o sacerdócio de Arão, que havia de ser incompleto (Ex 28.1). Não se sabe os motivos pelos quais Arão foi escolhido para essa função, tendo em vista que, talvez, o próprio Moisés é quem tinha a legitimidade para exercer tal ministério. No entanto, podemos supor que Deus conferiu a Arão esse ofício por ele ter sido o braço forte de Moisés quando da época da libertação do povo hebreu da escravidão egípcia (Ex 4.14-16).
Outro fato que merece destaque e, outra vez, podemos fazer uma suposição, é o episódio do bezerro de ouro, construído por Arão e pelo povo, enquanto Moisés estava no Monte Sinai recebendo as “Leis”, escritas em tábuas, que foram quebradas, após a constatação da idolatria do povo, consentida por Arão (Ex 32.19). Pensa-se, então, que Deus escolhe Arão para o ministério sacerdotal, porque quando ele visse os fragmentos das tábuas quebradas, que foram guardados junto às duas outras tábuas inteiras, ele teria a atitude de humilhar-se e pedir perdão para si e para todo o povo; não apenas para o povo.

Nos Livros Históricos (Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester), encontramos a necessidade de um Rei, pois nos contam como fracassaram os líderes e reis do povo de Deus, a começar por Saul que foi escolhido pela vontade do povo, que queriam ser governados como as nações vizinhas (I Sm 8.5). E a história nos revelam que os reis falharam.

Nos Livros Poéticos (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares) e Profetas (Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias), temos a necessidade de um perfeito Profeta, para cumprir as profecias ditas anteriormente. 

Então, temos No Antigo Testamento, ministérios falhos e/ou inacabados. A Bíblia não poderia encerrar-se assim. Dessa forma, temos os relatos dos quatro evangelhos que contarão a história de um homem que cumpriu com perfeição os ministérios de sacerdote, profeta e rei.

É nos Evangelhos que encontraremos a personificação do amor de Deus e de Seu filho Jesus, por meio da Graça.

Mas, por que QUATRO EVANGELHOS?

Quando se fala da fé do cristianismo e da veracidade dos fatos bíblicos, principalmente daqueles relacionados a Jesus, a comunidade científica requer testemunhas diferentes falando do mesmo assunto; assim, encontramos nos evangelhos, escritos por diferentes pessoas, mas escrevendo sobre a mesma pessoa, testemunhas que dão veracidade aos fatos da vida de Jesus.

Acredita-se que cada um dos quatro evangelhos apresentam o Cristo como uma figura das revelações de Ezequiel (1.10) e Apocalipse (4.6-7), conferindo-lhe características dos quatro seres viventes apresentados nessas passagens.


Mateus (O Rei, o Leão da Tribo de Judá):


Mateus (um ex-cobrador de impostos e apóstolo de Jesus) estava escrevendo principalmente para os Judeus, pois ele cita mais de cem passagens do Antigo Testamento e usa termos familiares aos judeus, como filho de Davi (Mateus 1:1 ), além de apresentar genealogias e linhagens para situar Jesus como legítimo herdeiro do título de REI.
Ele representou Jesus como um Rei que veio para estabelecer o Seu reino, e colocou uma ênfase especial em Jesus como o Messias, que havia sido mencionado no Antigo Testamento e escreveu sobre Seus ensinos, Seu reino e Sua autoridade.


Marcos (O Servo, boi)Marcos (João Marcos do Livro de Atos, um jovem pregador da era apostólica) parece ter escrito para um público não-judeu. Ele eliminou assuntos de pouco interesse para os gentios, como as genealogias. 
Quando mencionou a tradição judaica, ele geralmente a explicou. Registrou a vida de Cristo conforme ele a ouvira de Pedro. 
Marcos parece ter se preocupado mais com o que Jesus fez do que com o que Ele ensinou e apresentou Jesus como um Servo, ao escrever Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”10:4
Marcos se preocupou mais com os milagres, os atos de Jesus, do que com suas palavras, porque, neles, pode-se ver o amor e o cuidado do Senhor pelas pessoas.

Lucas (Filho do Homem, Homem Perfeito)Lucas (Dr. Lucas, que acompanhou Paulo em várias de suas viagens missionárias, incluindo a viagem a Roma) parece ter escrito para um público não-judeu. 
O relato de Lucas foi escrito para os intelectuais, e apresenta Jesus como o Filho do Homem (Lucas 9: 10) e coloca ênfase especial na Sua humanidade perfeita. Para Lucas, Jesus tem fome, tem sede e chora, mas é perfeito. 
O evangelho de Lucas é um dos mais completos no sentido de apresentar o Cristo Homem, com emoções, preocupado com as pessoas e seus sentimentos e de uma personalidade perfeita.

João (Águia - Jesus é aquele que voa alto, é o Verbo de Deus):

João, um ex-pescador e o apóstolo amado; provavelmente foi escrito depois dos outros três e tem a sua própria ênfase especial. 
João apresentou Jesus como Filho de Deus (João 20:31 ) e ressaltou Sua divindade. O propósito do Evangelho segundo João é descrito na passagem: Na verdade fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”20:30, 31. A palavra CRER aparece 98 vezes em João, mais do que em todos os outros Evangelhos juntos.