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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Estudo Bíblico: Os atributos morais de Deus - Justiça, Santidade, Retidão, Amor, Misericórdia, Bondade, Fidelidade, Verdade

Atributos Morais

Atributo é característica ou qualidade própria de uma pessoa ou de alguma coisa. É o conjunto de características visíveis que tornam o seu detentor especial, particular.

Os atributos morais de Deus são aqueles relacionados à Sua vontade, ou caráter, e, por isso mesmo, relacionados com o homem, um ser criado por Ele e dotado de vontade ou moral.

Esses atributos de Deus, encontrados no homem, em menor escala e intensidade, foram-lhe transferidos no ato de sua criação:

Gn 1.26; 2.7

Todos os atributos de Deus, que também podem ser encontrados no homem, apresentam-se como a solução dos problemas sociais que hoje enfrentamos. Problemas esses, gerados por não observarmos a aplicabilidade desses atributos, acreditando, muitas vezes, que somente Deus é perfeito e que nós não temos a capacidade de lutar contra nossa "natureza". No Novo Testamento encontramos orientações e ordenanças que demonstram a necessidade de cultivarmos um bom relacionamento:

Jo 13.34; Gl 6.2; I Jo 2.-10; I Jo 3.14-18,23; II Jo 1.5

É indiscutível que jamais encontraremos no homem um grau tão elevado da essência desses atributos, uma vez que a perfeição só está em Deus, porque Ele é perfeito.

Mt 5.48; II Sm 22.31; Jó 37.16

No entanto, nossa imperfeição não nos isenta de buscarmos desenvolver tais atributos, com urgência e diligência, pois só assim experimentaremos a boa e agradável vontade de Deus.

Ef 5.1; I Ts 1.6; Fp 2.5-8; Rm 12.1

Vejamos quais são os principais atributos morais de Deus.

Amor

Se pudéssemos listar em ordem de importância, hierarquizando-os, poderíamos dizer que esse é o principal atributo de Deus. Por ele somos libertos e nos tornamos filhos de Deus. Esse é um amor que não barganha, não aprisiona, não julga, não condena e não tem fim. A maior característica desse atributo, o ápice desse amor é o SACRIFÍCIO, pois Ele abriu mão do que era seu para nos dar o que não merecíamos.

Jo 3.16; Ef 2.4-5; 5.2; I Jo 2.9-10; 3.14-16; Rm 8.38-39; Sl 136.1; Rm 5.8; Gl 2.20; I Jo 4.9-11; Sf 3.17; Sl 86.15; Jr 31.3; Is 43.4

Misericórdia

A misericórdia é o sentimento ou capacidade de compadecer-se pelo sofrimento alheio, manifestado em algum ato prático em benefício dessa pessoa.

Quando pensamos em Deus e em nós, fica fácil perceber a misericórdia desse Deus, que compadeceu-se do nosso sofrimento, sem que merecêssemos essa compaixão (porque decidimos errar, desde Adão), pois Ele é perfeito, nós somos cheios de falhas; Ele é Santo, nós somos pecadores;

Ele é bom, nós nos inclinamos para o mal. Mesmo assim, Ele manifestou Sua misericórdia em um ato prático, portanto, visível: o amor sacrificial. Com isso, Ele espera que deixemos de sofrer; espera que nós, pecadores, nos arrependamos (do erro inicial; do desprezo em relação a Ele; dos sentimentos malignos que alimentam nosso ser) e vivamos de forma plena sua misericórdia.

Ef 2.4-6; Tt 3.5; Lm 3.22-23; Lc 6.31; I Pe 3.8; Hb 4.16; Tg 3.17; Sl 136.1-14; Sl 145.8-9; Mc 6.34

Bondade

A bondade está relacionada com a essência, com a alma. É a capacidade natural que alguém tem em praticar o bem, porque tem uma alma nobre, generosa.

Pelos atributos já mencionados, concluímos que Deus é supremos em bondade; sua essência é o bem. Sua natureza inclina-se em fazer o bem, em amparar, ajudar, socorrer; atitudes naturais de quem é bom. 

Ao ímpio e ao justo, Deus concede bênçãos, pois todos são suas criaturas.

Sl 103.10; 136.1; Na 1.7; Rm 15.14; II Pe 1.5; Ex 33.19; Ef 2.6-7; Sl 145.13; Pv 14.31; Sl 107.1; Mt 19.16-17

Justiça

Justiça significa dar a cada um que merece. Por Deus ser santo, Ele jamais agirá desordenadamente. De forma alguma, veremos Deus agir em benefício de alguém, tirando o direito de um terceiro. A forma como Deus se relaciona com o homem, evidencia sua justiça. Ele sempre se coloca na posição do juiz que analisa o direito, o que é certo, ainda que os resultados não sejam tão "satisfatórios". Ou seja, por amor, Deus nos perdoa de todos os pecados; por justiça, Deus permite que os pecados cometidos por nós tragam consequências.

Justiça é a parte prática da santidade de Deus. Ele é imparcial, por isso julga a causa e não a pessoa.
O auge da justiça de Deus se revela no sacrifício de Cristo, lançando sobre Ele a punição dos nossos "crimes".

Dt 32.4; Sl 98.9; 9.8; II Cr 19.7; Lv 19.35-37; Pv 24.12; Gn 18.21; Rm 5.17; Jó 37.23; Rm 3.21-26; Is 51.4-6; Jr 9.23-24; Sl 7.11-33; Is 61.8; Mq 6.8

Fidelidade

Fidelidade é a qualidade de alguém que demonstra zelo, respeito por alguém. Também pode ser a característica daquele que é constante em honrar os compromissos assumidos com alguém. 

Na prática, o que vem a ser a fidelidade?

Podemos compreendê-la ao equipará-la a um acordo firmado entre duas pessoas, ou de uma pessoa para com a outra; acordo esse que jamais será quebrado. Então, fidelidade é uma qualidade de quem é fiel. Fiel é aquele que não quebra um acordo.

Assim, esse atributo não poderia ter origem em outro ser que fosse Deus, pois Ele é perfeito e Santo, por isso jamais quebra um acordo; jamais falta com a palavra; não falha; é confiável e cumpre suas promessas. Dessa forma, temos total segurança ao confiar em Sua fidelidade.

Hb 6.18; Js 21.45; Is 34.16; Dt 7.9; Hb 10.23; II Tm 2.13; I Co 1.9; Sl 89.30-36; I Jo 1.9; Rm 3.3-4; I 10.13

Retidão

Retidão vem do que é reto, correto, justo. Por essa virtude, aquele que a possui segue uma direção indicada pelo senso de justiça, sem se desviar. A retidão conduz uma pessoa pelo esfera da razão, da legalidade, do dever, pois retidão e integridade não se separam.

É impossível imaginar Deus cometendo erros, escolhendo um caminho errado ou alternativo. Deus não erra. Ele não tem parte com o que não é certo, com a ilegalidade. Nosso Deus sempre zela pelo que é correto, por isso Ele é reto, sempre.

Sl 111.7-8; Gn 17.1; Sl 89.14-15; Pv 11.20; 21.3; Fp 4.8; Jó 27.4-6; Mq 6.8; Nm 14.24; Re 9.14; Ex 9.27; Mt 27.45-46; Rm 3.21-26.

Verdade

Verdade é um termo usado para identificar aquilo que está conforme os fatos, de acordo com a realidade, da forma como aconteceu ou acontece. Significa o que é real.

Deus fez todas as coisas e sobre todas essas coisas Ele sabe tudo. Os detalhes que passam desapercebidos por nós, acerca da criação, são sabidos por Deus, pois Ele mesmo a projetou e trouxe-a à existência.

Sendo assim, Deus sempre vai lidar com a realidade, com os fatos. Ele é a verdade. Ele é o fato da existência. Ele é a realidade e ama todos aqueles que andam segundo a realidade, segundo a verdade. Deus jamais mentirá.

Tt 1.2; Nm 23.19; Cl 3.9; Ef 4.25; Ex 34.6; Hb 6.18; Jo 14.6; Jo 8.32

Santidade

Dizemos que alguém ou algo é santo porque os relacionamos à pureza, à virtude nobre inquestionável. O santo é aquele em quem não se encontra mácula, defeito e cujo caráter é movido pela generosidade e desprendimento de si, geralmente, em prol de outros que estão à sua volta. O termo santidade só existe se vinculado à divindade e, de alguma forma, à religiosidade, que tem Deus como centro.

Deus é o ser Santo por excelência, desde a fundação de todas as coisas.Quando Ele se apresentou ao homem e com ele se relacionou, Deus revelou-se como Santo e insubstituível.
Se analisarmos que Deus possui características e virtudes morais, tais como a retidão, a justiça, a fidelidade, a misericórdia, o amor, a verdade e a bondade, chegaremos à conclusão que, logo Ele é Santo, pois não há defeito em sua personalidade que é moralmente perfeita.

E. nós, como poderemos ser considerados santos?

Se pensarmos em perfeição e pureza, tendo Deus e seus atributos como referência, jamais conseguiremos tal título (SANTO). Porém, à medida que somos de Deus e buscamos fazer sua vontade, que implica em nos relacionarmos com Ele por meio dos atributos mencionados, perseguidos por nós, pois desejamos ficar parecidos com Ele, poderemos ser considerados santos, porque somos separados daquilo que poderia manchar nossa personalidade e macular nosso caráter, tornando-nos moralmente imperfeitos, o pecado.

Ressalta-se que esse pecado, que impede nossa santidade, é o intencional; aquele que praticamos por não querermos mortificar nossas vontades, alimentando, assim, nosso EGO. Portanto, precisamos ser santos, como nosso Deus é santo. E somos santos, porque estamos separados do "mundo"; estamos separados para Deus.

Is 6.3; ISm 2.2; I Pe 1.15; Lv 20.8,26; II Tm 2.9; Hb 12.14; Lv 19.2; II Co 7.1; Lv 11.44; I Ts 4.7

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